Universidade Federal do Ceará
Centro de Ciências Agrárias

A startup Protômega, dos estudantes Carlos Souto e Daniel Marte, do Curso de Agronomia da Universidade Federal do Ceará, foi contemplada com subvenção de recursos financeiros do Programa de Inovação Tecnológica (INOVAFIT) Fase II, da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior, do Governo do Estado do Ceará. A startup trabalha com a produção e o beneficiamento de proteínas de insetos para alimentação humana, entre eles a larva de Tenebrio molitor, uma praga agrícola conhecida no jargão popular como bicho-da-farinha.

Imagem: Carlos Souto e Daniel Marte são estudantes de Agronomia e sócios da Protômega (Foto: divulgação) Carlos Souto e Daniel Marte são estudantes de Agronomia e sócios da Protômega (Foto: divulgação)

O programa INOVAFIT visa apoiar, através da modalidade subvenção econômica (concessão de recursos não reembolsáveis), o desenvolvimento de produtos, sejam eles bens ou serviços, e processos inovadores, novos ou significativamente aprimorados para o mercado local, nacional ou internacional. Os sócios receberam do programa um investimento de R$ 96 mil, que será direcionado aos projetos da Protômega.

“É um marco. Foi o nosso primeiro aporte significativo para dar continuidade às nossas pesquisas. Com esse investimento seremos capazes de desenvolver alguns dos produtos idealizados por nossa startup, como o suplemento esportivo à base de proteína de tenébrio, o que terá uma importância expressiva para nós e para o mercado nacional, pois é um produto inovador e que pode fazer frente a outros suplementos esportivos consolidados, como o Whey Protein”, explica Carlos Souto, um dos sócios da Protômega.

Os estudantes já haviam sido contemplados em 2020 no Programa Institucional de Bolsas de Inovação (PIBI 02, atual Empreende UFC), da Pró-Reitoria de Relações Internacionais e Desenvolvimento Institucional (PROINTER) da UFC, quando foram formadas as bases da startup. Após a participação no programa, a empresa foi contemplada em projeto do Hub de Inovação do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), onde foi desenvolvido um plano de negócios mediante capacitações, treinamentos e mentorias.

A previsão é que a startup permaneça no INOVAFIT por nove meses. Além do incentivo financeiro, Carlos Souto acrescenta que a conquista também auxiliará no desenvolvimento de um parecer técnico para Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), visando à regulamentação da comercialização e do consumo de proteína de inseto para a alimentação humana. “Durante o programa, iremos fazer toda a caracterização físico-química e de toxicidade dessa proteína, o que mostrará a qualidade nutricional e a segurança alimentar através de dados.”

Imagem: Os sócios receberam do programa um investimento de R$ 96 mil, que será direcionado aos projetos da Protômega (Foto: divulgação)

Segundo Daniel Marte, sócio da Protômega, o financiamento também permitirá a aquisição de boa parte do maquinário que possibilitará a produção de quantidades relevantes dos produtos para inserção no mercado.

No entanto, devido à falta de legislação para comercialização dos produtos no Brasil, “as pesquisas geradas durante o programa vão prover propriedade intelectual e expertise suficientes para iniciar as exportações para países onde já existem leis que permitem esse tipo de consumo. “Acreditamos que após esse edital, em 2023, já estaremos nos preparando para dar entrada no mercado internacional”, prospecta.

O Prof. Abraão Saraiva, coordenador de Empreendedorismo da PROINTER, enfatiza que a Protômega “concorreu com muitas outras empresas cearenses no programa INOVAFIT Fase II, algumas, inclusive, com ainda mais tempo de mercado. Então, a conquista é um estímulo aos estudantes que têm o desejo de empreender”.

Fonte: Carlos Souto e Daniel Marte, alunos de Agronomia da UFC e criadores da startup Protômega – e-mail: protomegainsetos@gmail.com

Notícia publicada originalmente no site da UFC.