Universidade Federal do Ceará
Centro de Ciências Agrárias

O cuidado e a preservação do meio ambiente precisa ser um dever de todos. Foi pensando nisso que representantes da academia, do setor produtivo, de organizações da sociedade civil e autoridades governamentais se reuniram, nessa terça-feira (22), Dia Mundial da Água, para lançar o projeto de Recuperação Ambiental da Fazenda Raposa.

De propriedade do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Ceará desde 1969, a Fazenda Raposa fica localizada no bairro Jaçanaú, na zona urbana de Maracanaú, município da região metropolitana de Fortaleza. Em 2020, com o Decreto Estadual nº 33.568, a Fazenda Raposa passou a ser uma Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) e atualmente é gerida pela UFC em cooperação com o Governo do Estado, através da Secretaria do Meio Ambiente do Ceará (SEMA), e a Prefeitura de Maracanaú.

O projeto, executado pela Associação Caatinga com recursos da The Coca-Cola Foundation e apoio da Solar Coca-Cola, tem o objetivo de conservar e recuperar áreas degradadas da Fazenda Raposa. Para isso, estão previstas a construção de um viveiro para produção de mudas nativas da caatinga, a implantação de aceiros e cercas para minimizar os riscos de incêndio, a capacitação de brigadistas para combater incêndios florestais e ações de educação ambiental nas escolas do entorno.

De acordo com Daniel Fernandes, coordenador-geral da Associação Caatinga, a expectativa é que cerca de 10 mil mudas de árvores nativas da região sejam plantadas em um ano. Dessas, segundo ele, 6.250 carnaúbas devem ser cultivadas já no início de abril, para aproveitar o período chuvoso no estado.

“O projeto tem também o viés de contribuir com a recarga hídrica dentro da bacia hidrográfica da região. Além de promover o sequestro e estoque de carbono por meio do plantio de mudas, a gente também contribui com a manutenção do ciclo hidrológico, que é vital para a nossa sobrevivência e beneficiará diretamente as pessoas que usufruem da bacia hidrográfica da região metropolitana”, acrescenta.

A diretora do Centro de Ciências Agrárias da UFC, Profª Sônia Pinheiro, explica que a Fazenda Raposa é um laboratório de campo para atividades de cursos de graduação e pós-graduação da Universidade. “A criação de um viveiro das espécies de palmeiras nativas, que é essencial para a preservação da flora e fauna, propicia condições favoráveis para desenvolver as atividades de ensino, pesquisa e extensão multidisciplinares em ciências básicas e ciências agrárias”, destaca.

“Projetos dessa natureza são extremamente importantes para a sociedade. Nós já perdemos quase 50% da cobertura vegetal original da caatinga. É necessário que se faça a proteção das florestas e a recuperação das áreas degradadas”, reforça o coordenador da Associação Caatinga.

ATIVIDADES – O lançamento do projeto ocorreu na manhã da terça-feira (22), na sede da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), com a presença de autoridades como: o presidente e o vice-presidente da Federação, Ricardo Cavalcante e Carlos Prado, respectivamente; o secretário da SEMA, Artur Bruno; o superintendente estadual do Meio Ambiente (SEMACE), Carlos Alberto Mendes; a diretora do Centro de Ciências Agrárias da UFC, Profª Sônia Pinheiro; e o coordenador- geral da Associação Caatinga, Daniel Fernandes, entre outras.

Nesta quarta-feira (23), o projeto teve início com o plantio simbólico de uma muda de carnaúba na Fazenda Raposa. Participaram da ação a Profa. Sônia Pinheiro, do CCA/UFC; o prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa; o secretário da SEMA, Artur Bruno; o diretor da FIEC, Edgard Gadelha; e o coordenador-geral da Associação Caatinga, Daniel Fernandes.

Com informações da FIEC e da SEMA.

Fontes: Profª Sônia Pinheiro, diretora do Centro de Ciências Agrárias da UFC – e-mail: ccadiret@ufc.br; Daniel Fernandes, coordenador-geral da Associação Caatinga – e-mail: caatinga@acaatinga.org.br

Notícia publicada originalmente no portal da UFC.