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Nota de Esclarecimento à Comunidade Universitária do Centro de Ciências Agrárias (CCA)

Data da publicação: 11 de novembro de 2023 Categoria: Nota de esclarecimento

A diretoria do Centro de Ciências Agrárias vem a público esclarecer a recente “denúncia” postada nas redes sociais pelo Centro Acadêmico do Curso de Economia Ecológica e manifestar nosso posicionamento para a comunidade acadêmica do CCA e de toda a Universidade.

Inicialmente cumpre relatar, através de um breve histórico, como aconteceu a criação do Curso de Economia Ecológica. A proposta inicial de criação do Curso partiu de um grupo de professores da Faculdade de Economia, Administração, Atuárias e Contabilidade (FEAAC), com participação de alguns professores do CCA. Essa proposta foi encaminhada inicialmente à FEAAC, que não aprovou a criação do Curso. Diante da rejeição da criação do Curso pela FEAAC, o grupo de professores da FEAAC procurou a diretoria do CCA, que aceitou encampar a proposta e a encaminhou para apreciação pelo Conselho do CCA durante a gestão 2011-2015.

Como este fato ocorreu após o fim do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI), e não havia possibilidade de contratação de professores para a criação de um novo curso, a alternativa encontrada foi alocar as disciplinas excepcionalmente na Diretoria do CCA, visto que, de acordo com a estrutura administrativa dos Centros e Faculdades da UFC, elas devem ser alocadas em Departamentos. Ressalte-se que a diretoria do CCA não possuía professores disponíveis para ministrar as disciplinas.

Durante muito tempo, contou-se com a colaboração “informal” dos professores da FEAAC que participaram da criação do Curso e de professores de diversos departamentos do CCA e de outras Unidades Acadêmicas para ministrar as disciplinas do Curso. Consideramos que esta participação foi “informal” uma vez que estas disciplinas não tinham a anuência dos Departamentos e dependiam de uma “negociação” com os professores.

Considerando que esta situação não era sustentável e não garantia a oferta das disciplinas de modo efetivo, a diretoria do CCA optou por fazer uma profunda avaliação a respeito dos setores de estudos dos Departamentos que teriam “afinidade teórica” com as disciplinas do Curso de Economia Ecológica. Depois disso, o próximo passo foi negociar com os Departamentos afins a anuência destas disciplinas, também por ser necessário que, na estrutura administrativa da UFC, as disciplinas sejam dos Departamentos e não dos professores. Os Departamentos, dentro de suas atribuições, designam os professores para ministrar as disciplinas.

Ressalte-se que até então já havia disciplinas alocadas no Centro de Ciências e em alguns departamentos do CCA, mas ainda existiam 26 disciplinas alocadas na diretoria do CCA. Neste processo, a maior parte destas disciplinas foram aceitas e alocadas em diversos Departamentos do Centro de Ciências Agrárias e do Centro de Ciências; mas as disciplinas que eram ministradas pelos professores da FEAAC não foram aceitas pelo Departamento de lotação dos respectivos professores que participaram da criação do Curso.

Aliado a este processo, a diretoria do CCA conseguiu a redistribuição de duas professoras (uma da UFCA e outra da UNILAB) e uma vaga para concurso, que foi para o Departamento de Economia Agrícola, que deu anuência para ministrar disciplinas para o Curso de Economia Ecológica. Uma segunda vaga foi alocada no Departamento de Estudos Interdisciplinares (DEINTER), que também deu anuência para ministrar outras disciplinas para o Curso. O objetivo sempre foi garantir a oferta das disciplinas para o Curso de Economia Ecológica, como acontece com todos os outros cursos ofertados pelo CCA.

Sobre o professor Fábio Sobral, que é lotado no Departamento de Teoria Econômica da FEAAC, esclarecemos que ele ministrou normalmente, sem nenhuma restrição, disciplinas para o Curso de Economia Ecológica enquanto as disciplinas ainda estavam alocadas na diretoria do CCA. O professor não continuou a ministrar, pelo fato de seu Departamento não ter dado anuência para as disciplinas que ele e os outros professores que fizeram a proposta de criação do Curso de Economia Ecológica ministravam. Diante deste fato, estas disciplinas foram alocadas nos Departamentos que deram a anuência e se responsabilizaram pela sua oferta. Ressaltamos mais uma vez que, de acordo com o Estatuto da UFC, as disciplinas são alocadas em Departamentos, de modo a garantir a oferta de disciplinas aos Cursos, mesmo que os professores que as ministram não possam, eventualmente, ficar responsáveis por elas.

Ainda a respeito do professor Fábio Sobral, não há, até o momento, processo tramitando no CCA com o pedido de desligamento da vice-coordenação do Curso de Economia Ecológica.

Lamentamos o fato de o Centro Acadêmico do Curso de Economia Ecológica não ter procurado o Centro de Ciências Agrárias para nos questionar sobre a “denúncia”, pois, se isto tivesse ocorrido, a situação teria sido facilmente esclarecida, evitando o constrangimento e a exposição ao julgamento público dos seus Diretores pela propagação de algo que não condiz com a realidade. Lembramos que a Direção do Centro de Ciências Agrárias esteve, está e sempre estará de portas abertas para receber seus estudantes e servidores docentes e técnico-administrativos.

Por fim, cumpre destacar que a diretoria do Centro de Ciências Agrárias sempre prezou pelo compromisso pela transparência e o respeito às normas acadêmicas e institucionais. Não há espaço para perseguição política, teórica ou ideológica nesta Instituição, e esta gestão do CCA sempre buscou promover um ambiente acadêmico inclusivo, ético e respeitoso.

Direção do Centro de Ciências Agrárias

Professora Sônia Maria Pinheiro de Oliveira
Professor Alexandre Holanda Sampaio

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