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Bokashi: sobras de alimentos do RU viram biofertilizante

Data da publicação: 4 de fevereiro de 2012 Categoria: Notícias

Desde janeiro de 2009, o Centro de Estudos e Pesquisa em Floricultura e Paisagismo da Universidade Federal do Ceará (CEFLOR/UFC), coordenado pela professor Roberto Takane, vem realizando testes de confecção e aplicação do biofertilizante bokashi em flores e plantas ornamentais com finalidade científica.

A partir de julho de 2011, o biofertilizante produzido pelo CEFLOR/UFC teve seu uso estendido à produção da Horta Didática da UFC, sendo aplicado nas mais diversas hortaliças produzidas a fim de adubá-las de uma forma eficiente e positiva.

Sabendo que o alimento excedente do Restaurante Universitário (RU) é destinado ao aterro sanitário do município de Caucaia e em discordância com isso, o CEFLOR/UFC propôs uma parceria com coordenação do RU para o aproveitamento das sobras do arroz e do feijão para a confecção do bokashi, visto que esses alimentos são fontes de carboidrato e de proteína, respectivamente. O biofertilizante produzido pelo CEFLOR/UFC é uma adaptação do bokashi original proveniente do Japão, que é confeccionado à base de o farelo de trigo, uma fonte de carboidrato, e o farelo de soja, fonte de proteína.

A aplicação do bokashi se dá uma vez a cada 15 dias, utilizando-se uma colher de sopa do produto para cada planta, seja ela em canteiro, como a tomate, o alface e o nabo, ou em  vaso, como a orquídea, a petunia e o cactos, para a nutrição das mesmas, sempre com uma certa distância do colo da planta. “Os resultados obtidos com o uso deste biofertilizante foram muito satisfatórios, visto que as plantas estão com aparência saudável emitindo flores e folhas encantando os estagiários e os visitantes que frequentam a Horta Didática da UFC”, afirmou o professor Roberto Takane.

Vários experimentos foram e ainda estão sendo conduzidos no intuito de se aprimorar o uso do bokashi quanto à sua dosagem, ao intervalo de tempo e ao espaçamento de aplicação. Excelentes resultados e inúmeros trabalhos científicos foram apresentados em congressos sobre esse tema. Dentre eles, destacam-se “Desempenho de Rabanete (Raphanus sativus L). em cultivo orgânico com diferentes coberturas mortas”; “Efeito de diferentes substratos no crescimento inicial de mudas de mandacaru (Cereus jamacaru)”; “Crescimento inicial de nirá a partir de sementes tratadas com agrostemim e diferentes doses de bokashi”; “Enraizamento de estacas de portuçlacaria com diferentes dosagens de AIB” e “Crescimento inicial de xiquexique tratado com diferentes dosagens de ácido indolbutírico em dois tipos de substratos”.

Equipe do Projeto

Atualmente, os participantes do projeto de pesquisa de confecção do bokashi são Adriely Fernandes Vieira, Antonio Ulisses Medina, Arivaldo Braga dos Santos, Francisco Cristiano Severino, Julianny Jéssyca da Fonseca, Rebeca Araújo Torres e Wanderlucia Silva Rodrigues.

Bokashi – a técnica

“Bokashi” é uma palavra japonesa que significa farelos fermentados (composto orgânico), formulada atraves da desmobilização de materiais orgânicos em nutrientes acessíveis para as plantas feita por microrganismos vivos. A sua confecção é uma técnica milenar japonesa que tem como base o farelo de trigo (fonte de carboidrato) e o farelo de soja (fonte de proteína).

Adaptação

Com base nessa técnica, o CEFLOR/UFC adaptou o milenar bokashi substituindo o trigo e a soja pelo arroz e feijão, que também são, respectivamente, fontes de carboidrato e proteína.

Com a adaptação do bokashi a nova formulação é a que se segue: duas fontes de carboidrato (arroz e rapadura), uma fonte protéica (feijão), duas fontes de microrganismos (Yakult e EM5), água, uma fonte de fósforo (termofosfato) e uma fonte de material tamponante (casca de arroz carbonizada). Todo material é triturado em liquidificador industrial e colocado em sacos plásticos, sempre tomando o cuidado de retirar o ar para que a fermentação seja anaeróbica. Após trinta dias, os sacos são abertos para verificar se houve a fermentação esperada, que é quando o material exala cheiro de ácido acético ou láctico, estando este pronto para uso.

Fonte: Prof. Roberto Jun Takane/Departamento de Fitotecnia (Fone: 85 3366.9131)

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