Hidrosed promove pesquisa em assentamento e cria o “Fossa Verde”
Data da publicação: 2 de abril de 2012 Categoria: NotíciasO Hidrosed, Grupo de Pesquisa Hidrossedimentológica do Semiárido do Departamento de Engenharia Agrícola da UFC, está realizando uma pesquisa intitulada “Biorremediação vegetal do esgoto domiciliar em comunidades rurais do semiárido: água limpa, saúde e terra fértil”, que visa desenvolver e aplicar técnicas eficazes e de baixo custo para enfrentar os problemas causados pela ausência de saneamento ambiental principalmente no semiárido brasileiro.
Atualmente, as pesquisas estão sendo desenvolvidas no Assentamento Rural 25 de Maio (A25M), em Madalena – CE, que é formado por treze comunidades.
O projeto está organizado em três vetores: tecnológico, social e de saúde. O vetor tecnológico é responsável, principalmente, pelo diagnóstico do sistema de saneamento, pela avaliação da qualidade da água nas fontes hídricas, pela construção de módulos de fossa verde e elaboração dos aspectos tecnológicos da proposta de modelo de saneamento. A vertente epidemiológica, por sua vez, é responsável por avaliar a saúde comunitária dos assentados antes e depois da implantação do sistema. E, por fim, a vertente social analisa aspectos de organização e de educação ambiental dos assentados. Dessa forma, a intenção é que os membros do A25M obtenham preparação que os permita gerir o sistema de forma autônoma.
O projeto é realizado a partir de uma parceria entre a Universidade Federal do Ceará, a Universidade Estadual do Ceará e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, INCRA e recebe o apoio do CNPq.
Fossa Verde
Também chamada de “canteiro biosséptico”, o sistema Fossa Verde consiste na construção de uma alternativa de tratamento de efluente domiciliar que permite que as águas e os compostos nutricionais provenientes do esgoto sejam reaproveitados pelas plantas. Para isso, são construídas valas de alvenaria e impermeabilizadas para as quais a água do esgoto é direcionada. Em seguida, a água é escoada para a parte externa da estrutura, onde contem materiais porosos que servem como filtros e onde são cultivadas as plantas.
Dessa forma, ao tratar e reaproveitar a água proveniente do esgoto, evita-se a contaminação do solo e permite que os moradores cultivem árvores. Do ponto de vista alimentar, a Universidade Federal do Ceará já analisou produtos do local e garante que o processo é seguro, não apresentando contaminação do esgoto.
Fonte: Prof. José Carlos; Departamento de Eng. Agrícola – (fone: 85 3366 9129)