Defesa: Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola
Data da publicação: 21 de fevereiro de 2019 Categoria: NotíciasDISCENTE: BRENNDA BEZERRA BRAGA
DATA: 28/02/2019
HORA: 14:00
LOCAL: sala de aula do PPGEA
TÍTULO:
POTENCIAL DE REUSO DE SEDIMENTO ASSOREADO EM AÇUDES NA AGRICULTURA
IRRIGADA NA BACIA HIDROGRÁFICA DO BANABUIÚ
PALAVRAS-CHAVES:
sedimentação de reservatórios, reutilização de sedimentos, fertilizantes, agricultura, semiárido, análise custo-benefício, Brasil.
PÁGINAS: 75
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Engenharia Agrícola
SUBÁREA: Conservação de Solo e Água
RESUMO:
Para garantir o abastecimento de água, redes de reservatórios foram estabelecidas em todo o mundo. No entanto, particularmente em regiões semiáridas que apresentam altas taxas de erosão, a disponibilidade de água é ameaçada de forma quantitativa e qualitativa pela sedimentação do reservatório. Diversos estudos têm proposto a reutilização de sedimentos assoreados em reservatórios como fertilizantes, transformando assim sedimentos enriquecidos com nutrientes de resíduos (em reservatórios) em recursos (em campos agrícolas). Neste trabalho, o potencial de reutilização de sedimentos como fonte de nutrientes para a agricultura foi avaliado em uma bacia semiárida de meso-escala no Brasil, onde 1.029 reservatórios foram identificados. O assoreamento foi quantificado para toda a rede de reservatórios, apresentando uma deposição total de sedimentos de 7 x 105 toneladas.ano-1. As características físicas e químicas dos sedimentos foram estimadas a partir de um levantamento realizado em quatro reservatórios (Marengo, São Joaquim, São Nicolau e Fogareiro), dos quais se observou um enriquecimento de nutrientes em relação aos solos da bacia. O potencial de reutilização de sedimentos como fertilizante foi avaliado para a cultura de milho (Zea mays L.) e a massa de sedimentos necessária para fertilizar o solo foi calculada considerando o nitrogênio como nutriente limitante, onde a demanda da cultura fosse totalmente fornecida pelo sedimento. Para analisar a viabilidade econômica da prática proposta, os custos resultantes da aplicação desta técnica foram comparados aos obtidos se a área fosse fertilizada por meios tradicionais. Na área de estudo, onde os reservatórios secam com frequência e os sedimentos podem ser removidos por escavação regular, a adubação do solo com a técnica de reutilização de sedimentos apresenta custos inferiores aos observados para aplicação de fertilizantes químicos comerciais. A economia com a fertilização do solo com a técnica de reutilização de sedimentos pode chegar a 28%, contudo custos até 9% maiores podem ser obtidos caso seja utilizado sedimento com baixo teor de nutrientes. De acordo com as condições locais e os custos de fertilização, os sedimentos com teor de nitrogênio acima de 1,5 g.kg-1 são eficientes como fonte de nitrogênio. Ademais, análises físico-químicas são recomendadas não apenas para definir a massa de sedimento a ser utilizada como fertilizante, mas também para identificar qualquer restrição à aplicação da prática. Por exemplo, o sedimento de um dos reservatórios da área de estudo (açude Marengo) apresentou uma alta taxa de adsorção de sódio, o que pode contribuir para a salinização do solo e, portanto, não é recomendado como fonte de nutrientes para o setor agrícola.
MEMBROS DA BANCA:
Interno – 1720517 – CARLOS ALEXANDRE GOMES COSTA
Externo à Instituição – CRISTIANO POLETO – UFRGS
Interno – 688.411.083-04 – GEORGE LEITE MAMEDE – UNILAB
Presidente – 842.714.263-34 – PEDRO HENRIQUE AUGUSTO MEDEIROS – UFC