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Departamentos de Fitotecnia e Ciências do Solo do CCA colaboram com importante estudo sobre a produtividade de bananais brasileiros

Data da publicação: 22 de julho de 2020 Categoria: Notícias

A banana é uma das frutas mais consumidas em todo o mundo. Sendo uma cultura de grande relevância socioeconômico desde pequenos a grandes produtores, além de ser um alimento-chave para a segurança alimentar no planeta. O Brasil é o quarto maior produtor de banana, com produção de 6,7 x 106 toneladas e o quinto em área cultivada, com 449 x 103 hectares, o que corresponde a 7,8 % de toda área colhida com banana no mundo em 2018, segundo a última atualização da FAO.

Apesar da grande relevância do Brasil em produção e área no cenário internacional, o País apresenta a produtividade estagnada em torno de 15 t/ha ao longo de 50 anos. Nesse mesmo período, o mundo praticamente dobra sua produtividade, passando de 11,7 (em 1968) para 20,2 (em 2018), sem considerar a produtividade de países como Indonésia e Guatemala, com média nacional acima de 50 t/ha, conforme dados da FAO.

Diversos estudos têm apontado que o manejo inadequado da adubação e a falta do monitoramento do estado nutricional dos bananais brasileiros são os principais fatores limitantes a produtividade, carecendo de ferramentas para o seu aprimoramento e que possibilitem melhores tomadas de decisão. Nesse contexto, pesquisadores e professores da Universidade Federal do Ceará, em parceria com outras instituições, colaboraram na publicação do artigo: “Multivariate selection and classification of mathematical models to estimate dry matter partitioning in the fertigated Prata banana in the Northeast Brazil” em dos mais respeitados periódicos internacionais na área de Ciências Agrárias: ‘Field Crops Research’.

Segundo os autores, a bananeira apresenta comportamentos distintos de ganho e acúmulo de matéria seca para os diferentes órgãos que compõe a planta-mãe e a planta-filha (denominação comum para as partes que compõe a touceira da bananeira), em função da sua produtividade. Essas características necessitam ser consideradas e incorporadas aos modelos matemáticos atuais de estimativa e partição de matéria seca em plantas de banana, pois, têm impacto direto sobre o gerenciamento de fatores de produção como água e nutrientes, melhorando a eficiência de uso, tomada de decisão e, consequentemente, apresentando ganhos de produtividade.

O trabalho é fruto da colaboração e parceria público-privada, contando com a participação da Universidade Federal do Ceará (UFC), por meio do Professor Visitante William Natale e do Bolsista de Pós-doutorado Antonio João de Lima Neto (Departamento de Fitotecnia), Professor Ismail Soares (Departamento de Ciências do Solo), Professor Júlio César Lima Neves e Professor Víctor Hugo Alvarez V. (Departamento de Solos, Universidade Federal de Viçosa – UFV), Bolsista de Pós-doutorado Lauana Lopes dos Santos (Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – UFVJM), Dr. José Aridiano Lima de Deus (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – IAPAR-EMATER) e do Engenheiro Agrônomo Fabrício Martinazzo Regis de Albuquerque da empresa Sítio Barreira Fruticultura Ltda. sediada em Missão Velha-CE, local onde foi realizado o estudo.

Para acessar o artigo, clique aqui.

Texto redigido por William Natale – Professor Visitante Sênior do Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia.

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