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Universidade Federal do Ceará
Centro de Ciências Agrárias

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Diretor do CCA escreve artigo de opinião para Jornal O Povo

Data de publicação: 2 de abril de 2013. Categoria: Notícias

O Diretor do Centro de Ciências Agrárias da UFC, professor Luiz Antônio Maciel de Paula, escreveu um artigo de opinião sobre os 95 anos da criação do Curso de Agronomia da Universidade Federal do Ceará. Confira, na íntegra, o artigo que foi publicado na edição de 02 de abril no Jornal O Povo.

95 anos de Agronomia no Ceará
   
Um dos grandes desafios da longevidade de uma instituição é manter-se atual através dos tempos. Em se tratando de instituição pública, celebrar 95 anos de existência somente faz sentido se ainda preservar relevância para a sociedade. Mais ainda, se seu locus for uma das regiões menos desenvolvidas do País e sua área de atuação for a educação superior.

O que dizer, então, em termos de relevância e atualidade, sobre a Escola de Agronomia – hoje Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Ceará – fundada em 30 de março de 1918? Nada melhor do que um olhar crítico do presente para o futuro para responder a esta questão.

Em adição ao ar que se respira e à água que se bebe, todo ser humano precisa de alimentos. Digamos que o estudo sobre a produção de alimentos em região semiárida seja uma das razões precípuas dos cursos de Ciências Agrárias. Além disto, o processamento e disponibilização para o consumo pela sociedade. Porém, isto não basta se a sociedade é extremamente desigual em termos de distribuição de renda e se a grande maioria das pessoas não tem segurança alimentar. Portanto, a atualidade se justifica se o ensino e a pesquisa estiverem sintonizados com o aprimoramento da produção e da produtividade e com a ampliação do acesso à alimentação adequada às necessidades nutricionais.

Além da importância histórica que o Ceará já teve na agropecuária, novas tendências como a produção de frutas, flores, mel de abelha e bioenergia são fortalecidas pela pesquisa científica. Hoje, não há como ignorar que mais de um milhão de pessoas estão ocupadas na agropecuária do Ceará e que ainda anseiam por soluções tecnológicas que permitam sua inclusão social e econômica.

Essas características locais são reforçadas pelas peculiaridades do semiárido e do bioma caatinga. Logo, os estudos devem priorizar a sustentabilidade como referência maior para o desenvolvimento.

Assim, no alto dos seus 95 anos, a Agronomia se renova ao buscar soluções contemporâneas para problemas históricos que persistem à revelia da vontade dos que atuam nesse campo.

Luiz Antônio Maciel, Diretor do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Ceará. E-mail: ldepaula@ufc.br

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