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Universidade Federal do Ceará
Centro de Ciências Agrárias

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Segundo dia de Colação de Grau tem como orador aluno do CCA

Data de publicação: 19 de janeiro de 2015. Categoria: Notícias

O Aluno JOSE DIOGO DA ROCHA VIANA, do curso de Engenharia de Alimentos do CCA foi o orador discente da segunda noite de colação de grau. Neste evento o Centro de Ciências Agrárias entregou à sociedade 142 profissionais dos seguintes cursos: Agronomia (40), Economia Doméstica (14), Engenharia de Alimentos (34), Engenharia de Pesca (35) e Zootecnia (19)


SEGUE NA ÍNTEGRA O DISCURSO DO ORADOR

"Quero cumprimentar todos os professores presentes na pessoa do Magnífico Reitor da Universidade Federal do Ceará, Prof. Jesualdo Pereira Farias, desejo cumprimentar também os servidores técnico-administrativos na pessoa da chefe do cerimonial, Cláudia Maria de Albuquerque Lordão, que organizou com toda atenção e carinho esta noite que nos será inesquecível; cumprimento os formandos e demais estudantes presentes na pessoa de Carlos Alexandre Ribeiro Lima, concludente e contemporâneo do curso de Engenharia de Alimentos, amigo e exemplo de discente nos representando nos 40 anos de nosso curso.  Autoridades presentes, senhoras e senhores. Boa Noite!

Nessa noite de glória, inicio minhas palavras agradecendo ao nosso criador, ser superior que rege todas as coisas, o grande arquiteto do universo. Agradeço também aos nossos progenitores que nos deram o dom da vida e a todos os amigos e amigas que participaram dos diferentes momentos de nossa caminhada e que nos direcionaram de alguma forma, quando perdemos o foco – ainda que por alguns instantes. Agradeço também a esta casa que nos acolheu e deu-nos a oportunidade de crescimento pessoal e profissional. O meu muito obrigado a Universidade Federal do Ceará.

Nossa Universidade! Acredito que em algum momento desta noite passará pela cabeça de vocês o caminho que fizemos até aqui. Há tão pouco tempo estávamos sendo pintados e iniciando uma jornada bastante esperada e desejada por nós e pelos nossos. Alguns pensavam que iriam encontrar algo do tipo American Pie, outros achavam que iam se libertar, expressar-se das mais diversas formas, conhecer pessoas das mais diversas linhas de pensamento, e outros vieram apenas com o foco de assistir aula e se formar. Benditos aqueles que conseguiram caminhar por cada um desses caminhos e desejos, muitos de vocês, creio eu, aproveitaram a Universidade da forma como bem desejaram. A Universidade nos deu ensino, pesquisa, extensão. Deu-nos a oportunidade de discutir sobre os problemas da própria universidade, sobre a assistência estudantil e sobre o contexto social em que está inserida.

Movimento estudantil! Tanto tenho a agradecer a esse movimento que ainda é tão discriminado. Movimento este que nos deu e nos dá a oportunidade de desenvolver o nosso senso empreendedor, por meio das Empresas Juniores, nos possibilita exercer um pouco das multis  e interdisciplinas por meio dos PETs, possibilita a nós  atuar sempre com muita proposição em busca de uma Universidade cada vez mais popular e democrática, contribuindo, assim, para a formação política individual e coletiva por meio dos CA’s, DA’s, Atléticas e DCE. Por tudo isso, sou eternamente grato pela história construída aqui dentro, creio que vocês também.

Nesta noite, sairão daqui bacharéis. A estes peço prudência e delicadeza nas descobertas, que vocês saibam discernir o que devemos conhecer e como devemos utilizar o conhecimento produzido por vocês.

Nesta noite também estão os colegas da licenciatura, e para vocês tenho um pedido especial. Peço que nunca percam a capacidade de se expressar. “Gritem”, almejem o melhor, façam valer o que é de vocês por direito. Toda e qualquer profissão é construída com amor, mas não só disso se vive como quiseram disseminar por ai. É pela escolha de vocês, por meio da educação, que hoje nos encontramos aqui. Façam-se ouvir e perseverem nesta profissão que é de uma beleza imensurável!
A nós, Engenheiros,  peço ousadia, empreendedorismo e inovação! Que saiamos do B A BÁ de nossas profissões, que almejemos novos horizontes e sonhos, tal qual falou Paulo Freire: “para mim, é impossível existir sem sonho. A vida na sua totalidade me ensinou como grande lição que é impossível assumi-la sem risco”. ARRISQUEMOS!

Que não nos corrompamos diante dos vislumbres e das vitórias que certamente chegarão, que não nos omitamos em benefício próprio e em malefício de alheios. Como Luther King falou um dia “O que me preocupa, não é o grito dos corruptos, dos violentos, dos sem caráter, dos sem ética. O que me preocupa é o silêncio dos bons”. O silêncio talvez seja o pior meio de corrupção.

Imagino que para cada um, hoje o dia é de vitória. E gostaria de pedir que por alguns instantes olhassem para os lados. Sim, é por causa desses que estão ao nosso lado que hoje estamos aqui, pois diversos se sacrificaram de alguma forma para que chegássemos onde estamos. Espero que não esqueçamos que chegamos até aqui acompanhados e que lembremos, lá na frente, que nenhuma boa sociedade é composta por ações individuais e sim pela humildade da coletividade, como muito bem lembra a máxima de nossa Universidade eternizada em nosso brasão: “Virtus Unita Fortior” (Quanto mais unidas as virtudes, tanto mais fortes), unamos as virtudes para melhor seguirmos.
Peço também que olhemos para o chão. Engraçado, perceber que tal gesto é estranho. Honremos este chão, lembremos sempre que pisamos nesse chão, que nos formamos nesse chão e, quando estivermos envoltos na dureza e responsabilidades do dia a dia, esquecidos dessa fase esplêndida, venhamos nos revitalizar e respirar este ar, tal qual o filho pródigo “O bom filho a casa, torna”, pois “Hay que endurecer se, pero perde la ternura jamás” (Che Guevara) ( Hei de endurecer sem, porém, perder a ternura jamais) respeitemos a casa que hoje nos forma. Esta que celebra 60 anos de criação. Que hoje saiamos daqui com a missão de honrar nossa terra – tão massacrada pelo preconceito tolo de alguns – nosso povo, nossa gente, nosso CEARÁ. Que não nos limitemos pelas descobertas e ações do mundo e sim que o mundo se molde pelas nossas descobertas e ações, NÓS PODEMOS.

José de Alencar, Natércia Campos, Raquel de Queiroz, Patativa do Assaré, grandes nomes cearenses, grandes histórias construídas antes de tudo dentro de uma personalidade única, fora do padrão, todos interiorizados em apenas um objetivo: fazer história.

E nós?
Nessa iluminada e indelével noite me despeço deixando uma palavra, uma reflexão:
Maktub, que significa “estava escrito”. Façam História!

Obrigado!"

Fonte: Diretoria do CCA – Fone: (85) 3366. 9731

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